Se houvesse um Judeu na ilha de Lost

sábado, 25 de julho de 2009 ·

David e Raquel estão voando em direção à Austrália, para umas férias de quinze dias em comemoração aos seus quarenta anos de casamento.

De repente, a voz do Comandante irrompe nos alto-falantes:

- Senhores passageiros, lamento informá-los que temos más notícias. Nossos aparelhos pararam de funcionar, e tentaremos um pouso de emergência.

Entre os passageiros, murmúrios, gritos, lamentações, choros.

O Comandante acrescenta:

- Felizmente, vejo abaixo de nós uma pequena ilha que não consta dos mapas geográficos, e creio que conseguiremos aterrissar na praia.

Alívio misturado com apreensão entre os passageiros.

E o Comandante prossegue:

- O maior problema, no entanto, é que talvez jamais sejamos resgatados, e que tenhamos que morar nessa ilha pelo resto de nossas vidas!...

Os passageiros aos poucos substituem as exclamações por orações ou silêncio.

Graças à destreza da tripulação, o avião pousa com segurança na ilha.

Os passageiros desembarcam, atônitos.
Uma hora depois, David, ainda abalado, se vira para sua esposa e pergunta:

- Raquel, me diga uma coisa...
Nós pagamos nossa contribuição de caridade para a Sinagoga Beth Shalom este mês?

- Não, querido - ela responde.
- Lamento tanto!...
Deixei para depois da volta...

David então pergunta:

- Raquel, nós pagamos nossa contribuição para a Campanha da União Judaica?

- Ih, não, David, me desculpe!...
Me esqueci de mandar o cheque!

- Uma última coisa, Raquel... Você se lembrou de enviar um cheque para o Fundo de Construção de Sinagogas este mês?

- Oh, não, perdoe-me outra vez, querido!... Me esqueci disso também...

Então subitamente David agarra Raquel e dá-lhe o beijo mais ardente em quarenta anos de vida conjugal.

Raquel, muito surpresa, consegue se desvencilhar e pergunta:

- Por que isso agora, David?

David responde, com um brilho nos olhos:

- Eles vão nos encontrar. Tenho certeza!

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